quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal



As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência.

Glória a Deus no Universo Divino.
Paz na Terra.
Boa-vontade para com os Homens.

O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranqüilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.

Nem castigo ao rico avarento.
Nem punição ao pobre desesperado.
Nem desprezo aos fracos.
Nem condenação aos pecadores.
Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.
Nem anátema contra o gentio inconsciente.

Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa-Vontade.
A justiça do “olho por olho” e do “dente por dente” encontrara, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz.

Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível...
Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.

O algoz seria digno de piedade.
O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.
O criminoso passaria à condição de doente.

Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono nos vales de imundície.
Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.

Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.

Natal! Boa Nova! Boa-Vontade!

Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.

Emmanuel
(Psicografia de Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Obelisco do Ibirapuera



A noite estava tranqüila, era um domingo e o trânsito cooperou. Eu estava para a inauguração da árvore de natal do parque do Ibirapuera, então a bagunça estava para o lado esquerdo, na Avenida Pedro Álvares Cabral.

sábado, 12 de dezembro de 2009

India Brasileira


India Brasileira - 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

Catador de Recicláveis

Uma cena triste, porém, para muitos é um trabalho digno.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Quando o trabalhador está preparado, o serviço aparece




Subindo a Avenida Timóteo Penteado  existe esta gigante reservatório de água que é a famosa Caixa d água do Picanço. Esta avenida liga a Vila Galvão que faz limite com a cidade de São Paulo e o Centro de Guarulhos. Subindo esta avenida chegaremos a praça Getúlio Vargas.

A direita, no desenho descendo após a caixa d água começa a Rua Cachoeira que vai até o Jardim Moreira. Neste bairro funciona a unidade de longa permanência das Casas André Luiz, que é uma fundação beneficente e de orientação Espírita e tem um importante trabalho com crianças que possuem deficiência física e mental de todos os níveis e é mantida por doações e trabalhos voluntários. Sempre que posso, mas menos do que gostaria, vou até a André Luiz e procuro de alguma forma auxiliar este trabalho. Desde muito jovem estive ligado a esta fundação. Uma das poucas lembranças da minha primeira infância foi quando a minha mãe levou uma caixa de brinquedos para doação e em alguns anos pude lá trabalhar. A André Luiz apensar de ser mantida por trabalho voluntário possui um quadro de funcionários contratados.

Quem sabe em um futuro próximo eu possa colaborar mais ativamente como voluntário nesta bela instituição. Lembro de uma frase de Emmanuel que diz “quando o trabalhador está preparado, o serviço aparece”.

sábado, 28 de novembro de 2009

Um retrato por uma moeda


Igreja Matriz de Guarulhos- Catedral Nossa Senhora da Conceição, na Praça Teresa Cristina, Gurulhos. Ao lado direito, o etílico "calçadão" que é freqüentado pelos alunos que "cabulam aula na faculdade". (bons tempos)


Se o Sketchcrawl é a maratona do desenho, há dois finais de semana eu realizei sozinho uma meia maratona. O domingo amanheceu chovendo. Com os primeiros raios do dia houve também as primeiras trovoadas. Este clima preguiçoso permaneceu assim até por volta das dez horas da manhã quando o tempo mudou radicalmente. Acho que o deus da chuva saiu para passear com a sua família e me deu um pouco de luz.

Foi então quando estive a tarde na Praça Teresa Cristina para fazer alguns desenhos de observação. O centro de Guarulhos é basicamente a rua Dom Pedro que não é muito estensa terminando na porta de uma igreja, a chamada Igreja Matriz. Na outra extremidade é o término da avenida Monteiro Lobato, em um local conhecido como ponto do relógio. Alí existe um ponto de ônibus que é muito cheio durante a semana e bem no centro de uma bifurcação em "te" há uma ilhota com um relógio bem grande, porém muito feio. Hoja a rua Dom Pedro foi transformada em um grande calçadão e que no domigo atarde fica praticamente deserto.

Neste domingo haviam algumas pessoas de passagem, uma mulher mal vestida que se não fosse prostituita não sei o que alí fazia, dois senhores que para mim eram os empresários da garota e um morador de rua. Em certo momento vieram os empresários falar com a garota com um terceiro senhor, aparentemente falava em espanhol. Não sei o que conversaram e sairam de cena. Eu estava ali perto sentado, em frente a loja Riachuelo desenhando a Catedral Nossa senhora da Conceição, a dita Igreja Matriz.


É interessante ver a interação que pode haver com os moradores de rua. Estava sentado no calçadão da rua Dom Pedro desenhando, quando se aproximou um senhor que era morador de rua. Ele veio na minha direçao, passou perto e ficou observando o que eu estava ali fazendo com ar curioso. Quando olhei ele desviou a atenção fazendo parecer que estava alí ao acaso. Há vários minutos eu havia percebido o interesse dele e até separei uma moeda caso pedisse ajuda.

Planejei fazer diferente. Se ele me pedisse dinheiro eu diria que não, mas compraria uma pose para um retrato. Penso que arrumar um trabalho seja mais útil que dar esmola. Seria uma troca justa, eu teria um retrato e ele um dinheiro. Na empresa que trabalho eles fazem o mesmo, mas eu que saio com o dinheiro e eles com o fruto do meu trabalho. Infelizmente ele não pediu e quando terminei o desenho o senhor já estava indo ao longe no calçadão. Perdi um retrato mas não a boa intenção.

Depois ainda fui até o Pincanço desenhar a enorme e famosa caixa d'agua e na Timóteo Penteado parei em frente a melhor cantinas da cidade de Guarulhos a Giovanni.

O artista não deve ser egoista guardando riquesas, deve doar a sua maior riquesa. Não deve se fechar ao mundo, deve se expandir com o mundo. Há tantas pessoas simples morando nas ruas mas que podem ter conhecimento riquissimo para o nosso trabalho. A inspiração não tem data e nem marca local para vir. Mas quando vem descobrimos que os seus caminhos são os mais surpreendentes. A arte é um meio que impulsiona o artista a verdadeira igualdade, liberdade e fraternidade, ai me recordo de uma frase e faça então uma rogativa, "Senhor, não sou digno que entreis a minha morada, mais direi uma só palavra e serei salvo"...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sketchcrawl em Guarulhos


No sábado passado, dia 21 de Novembro, rolou o SketchCrawl reunindo desenhistas urbanos em mais de 90 cidades ao redor do mundo. Alguns grandes grupos se reuniram nas cidades de São Francisco (EUA), Londes , Paris (França), Seattle (USA), São Paulo dentre tantas outras. Aqui em Guarulhos participamos eu e a minha filha e escolhemos para o evento o Bosque Maia , que é na minha opinião é o mais bonito e arborizado parque da cidade.  A minha filha tem somente seis anos e já conto com ela nestes eventos.


Igualmente verde,  existem nas imediações do parque algumas ruas arborizadas, como as avenidas Paulo Faccini, Salgado Filho, algumas travessas entre estas duas avenidas e até a Praça do Ipê. A Paulo Faccini é um bom lugar em Guarulhos para se comer, com alguns restaurantes e a noite bares.

Este é um cenário bem cuidado pela municipalidade e ótimo para a produção artística. Após o encontro, digitalizei os trabalhos e os organizei em uma galeria na Web . Esta se tornou parte integrante de uma galeria maior que estou montando chamada de A chuva e o tempo .

Mais eventos como este virão e serão anunciados aqui no meu Blog. Quem tiver interesse de participar é só me mandar um e-mail ou uma mensagem pelo Twitter ou Facebook .


Veja a galeria A chuva e o tempo


Obrigado a todos os amigos que apoiaram, a comunidade Internacional, ao Gabriel Campanário do Urban Sketchers ao Saulo Dias do 2veis1 e a Aline Fonseca do blog Cultura Guarulhos

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Aquarela de um Dálmata

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Quando eu era pequeno o meu pai trouxe para casa uma cachorra Dálmata. Ela se chamava Laica e quando veio não era mais filhote, devia ter aproximadamente um ano de idade. Ela era muito tranqüila e dócil. Não teve filhotes, apesar de termos tentado cruza-la com outro cachorro da mesma raça. Gostava muito daquela cachorra.  Acho interessante quando algumas lembranças do passado retornam em fatos completamente novos. Hoje tenho outro cachorro Dálmata chamado Tom, mas este é bem diferente da Laica. O Tom é um espoleta!

No sábado passado procurei executar um trabalho que há algumas semanas planejava, era uma pintura em aquarela do Tom. O resultado é este que aqui apresento. Também aproveitei a ocasião para documentar os principais passos para auxiliar aqueles que gostariam de aprender a pintar em aquarelas.

Passo-a-passo

Como o meu cachorro é muito agitado não consegui fazer um trabalho de observação, pois ele gosta de correr, pular e brincar.  Então a minha melhor alternativa foi apelar para uma fotografia de referência. Pintar por uma imagem é algo que sempre evito, pois perde-se o contato com a realidade. A fotografia sempre será uma reprodução, não a realidade. Ao menos o cachorro estava na porta do estúdio, para eu observar.

Abri a fotografia no computador - vamos preservar a natureza evitando impressões desnecessárias –, comecei a delinear a lápis o espaço no papel que seria utilizado, também acertando a composição, as formas, as sombras e as luzes.  Sempre devemos fazer um estudo prévio, mesmo que um simples esboço a lápis. Isso ajuda no enquadramento e geralmente utilizo um grafite HB.

Depois deste planejamento, marquei onde estariam as luzes que eram as partes do papel que não deveria pintar.  Estas áreas são as mais importantes pois o aquarelista não utiliza tinta branca, simplesmente deixa parte do papel sem pintar. Esta é uma das principais características da aquarela.

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Primeiro pintei uma camada de sombra bem transparente e gradativamente apliquei outras mais intensas. Para a primeira cor de sombra do pelo utilizei uma mistura de preto com azul cobalto e um pouco de amarelo ocre para esquentar a sombra. Cuidado ao utilizar a mistura de azul com amarelo ocre pois o resultado é verde!

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Nas sombras mais escuras eu acrescentei um pouco mais de preto e azulcom pouca água. Para as pintas utilizei o preto, azul cobalto e carmim. O resultado é um tom escuro e bem quente. Aproveitei o mesmo e fiz outros detalhes, como os olhos e o nariz do cachorro.

No fundo utilizei uma cor mais escura, para ressaltar a luz. O alto contraste é um artifício interessante, deixando as luzes muito intensas.

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Pintar este trabalho foi bem rápido, não gastei mais que trinta minutos, contudo a preparação para ele ocorreu em um pouco mais de três semanas. Após a fotografia fiquei pensando como iria resolver e então quando parei para pintar tudo foi muito rápido, só precisando fazer um esboço de referência.
A aquarela é uma técnica que há muito aprecio e já há alguns anos venho treinando. Este foi o meu estudo de número #360, ainda restam mais quarenta até eu chegar na meta das quatrocentas aquarelas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Uma manhã cinza e tranquila no Bosque Maia

Placa de sinalização no Bosque maia

Trabalhos com tintas e linhas soltas é algo que tenho feito com certa intensidade. Não que seja o meu estilo preferido, ou a estética que busco. Mas é algo que me deixa solto, libera a minha mente e o meu traço. Gosto de trabalhar a céu aberto. Neste trabalho estava sentado em uma praça em frente ao Bosque Maia, em Guarulhos.

 

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Algumas fotos do Local - Bosque Maia - Guarulhos

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Catador de Recicláveis

catador_reciclaveis

A cidade de São Paulo possui aspectos belos em suas linhas arquitetônicas, dos prédios do estilo do começo do século vinte e também dá harmonia das linhas retas e limpas do estilo moderno. Nos bairros de Moema e alguns outros bairros nobres da zona norte, a arquitetura é acompanhada por ruas arborizadas e perfeitamente limpas. Mas o belo é acompanhado por um lado triste, porem digno nesta grande cidade que é São Paulo.

Em certas ocasiões, andando pela cidade percebo trabalhadores puxando uma grande e pesada carroça com rodas de automóveis e feitas com ferros. São os catadores de recicláveis que outrora eram simplesmente chamados de "Catadores de Papelão". Eles percorrem as ruas e recolhem qualquer material jogado que possa ser reciclável. Depois levam este material a um depósito e recebem algum dinheiro.

O quilo de cada material tem um preço. O papelão é barato e para juntar um quilo é preciso muitas caixas. O alumínio é valioso e se conseguir vender muitas latinhas de refrigerante dá um bom dinheiro. Eles também recolhem plásticos, vidros e outras quinquilharias que para ninguém mais serve. Isso garante algum dinheiro. Alguns trabalham em ruas movimentadas, outros moram na periferia, como nos bairros parque dos Pinheiros, jardim Fontális e tantos outros.

O catador é geralmente uma pessoa solitária. Alguns não possuem um lar para se abrigar nas noites de chuva e de frio, e isso os obriga a procurar albergues para passar a noite, ainda assim, quando encontram vaga. Estão sempre em companhia de um cachorro vira-lata, que anda lado a lado com a carroça e somente pede um pouco de água e de comida. É o fiel companheiro do catador de recicláveis.

Qual é o futuro destes trabalhadores? Acredito que nem eles o sabem. Mas o trabalho do catador de recicláveis é digno, porém, pouco remunerado. Eles retiram das ruas o lixo que pode ser reciclados, garantem matéria prima barata para as indústrias e poupam os recursos naturais do planeta. Assim também, vão de papelão por papelão, ou de latinha por latinha garantindo o seu limitado sustento e também do seu cachorro.

sábado, 24 de outubro de 2009

Onze dicas de objetos que você tem em casa para desenhar

Da série, Obtendo o hábito do desenho

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Muro lateral da casa da praia, visto da varanda e calçada oposta - 2009 MarceloJ(c)

A melhor maneira para se aprender a desenhar é desenhando. Desenhar não é mais complicado que andar de bicicleta. No começo parece muito difícil se equilibrar nas duas rodas, mas com um pouco de treino você adquire o equilibrando e depois se torna simples. Sabendo que sem treino não se adquire qualquer prática, então para quem quer fazer desenhos é basicamente pegar um lápis apontado e gastar muitas folhas de papel.

O desenho exige coordenação motora, mas isso a maioria dos adultos já adquiriram, contudo, esta coordenação não é afinada para fazer linhas fluídas e que estas sejam exatamente da maneira como nós gostaríamos que elas fossem. Já experimentou fazer uma linha e ela saiu mais ou menos como você gostaria? Elas deveriam ser precisas. Saber controlar as linhas e fazer com que elas sejam precisas é o primeiro passo do caminho.

Desenhar objetos tridimensionais é sempre um bom exercício e preferível às fotografias. Porém primeiramente escolha objetos simples. Muitos em aprendizagem procuram cenários bonitos, contudo, sempre escolhem aqueles de formas complexas. Aí surgem frustrações. Não tenha pressa que você chega lá. Treine com objetos do seu cotidiano, e isso é feito até por quem já sabe desenhar. Em casa temos um bom material para estudos e aqui relaciono onze dicas interessantes para você desenhar. São elas:

1. Desenhe a sua xícara de café da manhã.

2. Desenhe seu prato durante ou após uma refeição.

3. Desenhe a cesta de fruta ou a planta que você tem sobre a mesa da cozinha ou sala de jantar.

4. Desenhe um detalhe do canto da sua sala, como um abajur, lareira ou uma planta.

5. Desenhe algum objeto de decoração que você tem na mesinha de centro da sala.

6. Desenhe a vista que você tem no seu quarto quando sentado na sua cama.

7. Desenhe um detalhe da entrada da sua casa, como uma árvore, um jardim ou mesmo um vaso.

8. Desenhe seu carro estacionado na garagem.
9. Desenhe seu animal de estimação enquanto ele dorme.

10. Desenhe a fachada da sua casa, sentado do lado oposto da rua.

11. Desenhe a vista que você tem da janela da sala ou do quarto.

@marceloj
Estúdio Bresciani

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Segundo Sketchcrawl em Guarulhos dia 21 de Novembro

Dia 21 de Novembro às 10h vai acontecer em Guarulhos o segundo SketchCrawl, a maratona do desenho, com organização na cidade pelo Estúdio Bresciani. Retrataremos atravéws do Desenho, Pintura e também da fotografia a Avenida Paulo Faccini e imediações. Cada um com a técnica, material ou equipamento que mais lhe agrade.

Vamos nos reunir dia 21/nov, sábado, às 10 horas na entrada do Bosque Maia, da Av Paulo Faccini - em frente a tenda.

O tema central sugerido para o trabalho é "O urbanismo e o verde". Alguns pontos interessantes que poderão ser retratados são:

  • Av Paulo Faccini
  • Av Salgado Filho
  • Traveças entre estas avenidades
  • Praça do Ipê (próximo a Rua Ns Mãe dos Homens)

Mais informações você poderá acompanhar pelo twitter @marceloj

Ao final, os trabalhos poderão ser publicados no Flickr do grupo Sketches Guarulhos
http://www.flickr.com/groups/sketcheguarulhos/

Cada um é responsável pelo seu equipamento, material, locomoção e alimentação.

Para confirmar a sua participação, envie um e-mail para contato@marcelo.bresciani.nom.br ou uma mensagem no Twitter para @marceloj

O Sketchcrawl é um evento mundial, organizado pelos membros do site sketchcrawl.com. Esta será a edição mundial de número 25 e segunda da cidade de Guarulhos. Ao redor do mundo, cada grupo em sua cidade se organiza para participar, criando uma imensa rede. Após o evento os trabalho poderão ser publicados por cada participante e discutidos no Flickr e também no fórum do sketchcrawl.com

Ao pessoal da Caminhada Fotográfica, está disponível também o grupo no Flickr http://www.flickr.com/groups/caminhadafotografica/

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sete pontos importantes para a escolha do material artístico

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É certo que o uso de determinado material artístico não deve influenciar o valor de uma obra, pois as idéias devem sempre vir em primeiro plano em relação a técnica. Contudo, devemos considerar que um material de má qualidade pode influenciar negativamente o entendimento do trabalho.

Quando comecei os meus estudos nas artes, utilizava materiais que não eram apropriados, como o papel sulfite, algumas tintas guache e lápis escolares. Experimentei a técnica da aquarela, mas o resultado não foi agradável. Mais tarde descobri que o papel que não era tão adequado e que deveria experimentar alguns outros.

Naquela visão simplista, qualquer papel seria bom para aprender, em especial aqueles que não eram tão caros. Foi um erro de vários outros que cometi, e somente a partir desta percepção é que comecei a me desenvolver naquela técnica.

Aqui apresento um trabalho feito pela minha filha, de somente seis anos. É evidente que ela ainda não tem o domínio das técnicas do desenho, o trabalho dela é ainda infantil, mas achei notório o resultado, quando aqui ela utilizou um papel para aquarela e pigmento de melhor qualidade. Para aqueles que estão iniciando os estudos, relacionei alguns tópicos de atenção que devem ser considerados antes de comprar qualquer material, são eles:

  • Escolher matérias de qualidade e que custem compativelmente com o propósito do seu trabalho.
  • Escolha sempre uma marca de boa reputação no mercado. Converse com alguns artistas e veja o que eles estão usando e o que eles não recomendam.
  • Vale a pena pesquisar pelas marcas nacionais. Alguns artistas preferem utilizar estes materiais para estudos.
  • Não subestime o trabalho de empresas que estão há mais de cem anos desenvolvendo materiais artísticos. Muitas vezes o preço é justificado pela pesquisa necessária para atingir o alto padrão.
  • Evite comprar aqueles materiais que apenas tem o nome forte no mercado e que a qualidade é duvidosa. Algumas lojas de grife vendem artigos que não são destinado para artistas.
  • Algumas vezes trabalhos efêmeros podem ser feitos com matéria não tão durável. Uma obra de arte pode perfeitamente ser efêmera, mas o artista deve sempre saber quando isso irá acontecer.
  • Papéis Accid Free (de ph neutro) são indispensáveis para qualquer tipo de trabalho ou estudo.

É também importante lembrar que o artista de ante-mão dificilmente saberá que o trabalho em execução será a sua obra prima. Assim, tenha precaução e utilize sempre material de qualidade para não deixar espaço para arrependimentos futuros. A escolha do material adequado é uma qualidade que o artista deve e que poderá valorizar o seu trabalho.

sábado, 3 de outubro de 2009

O cachorro

Este estudo eu fiz para um projeto que pretendo desenvolver, trabalhando o tema "Catadores de Papel". Os catadores de recicláveis geralmente puxam um carrinho e tem a fiel companhia de um cachorro. Este é o cachorro de um deles.

the-dog

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Japanese Food

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25-09-2009

Em São Paulo você pode encontrar restaurantes de diversas culturas. Aqui existem vários restaurantes Italianos, Franceses, Japoneses e até mesmo alguns exóticos como aqueles que servem comida indiana. Eu gosto de experimentar novas combinações, mas a comida Japonesa muito me agrada e as vezes vou com meus colegas de trabalho a algum deles. Esta aquarela eu fiz no Koday, que fica na Rua Voluntários da Pátria, após um agradável almoço.
Ainda não havia feito um sketch sobre comida neste meu sketchbook. Achei interessante começar por este aqui.

In São Paulo you can found restaurants of various cultures. There is many Italians, Frenches, Japaneses and exotic too like a Indian food. I like Japanese food, and sometimes I go with my coworkers to any there. I made this watercolor in Koday, at the Voluntários da Pátria Street after a pleasant lunch.
Yet, I had do not made any sketch's foods on my sketchbook. This is the first one.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Igreja de Nossa Senhora do Rosário


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A igreja de Nossa Senhora do Rosário em Guarulhos é uma construção que acho muito simpática. Há alguns meses passo todos os dias em frente, de manhã quando vou ao trabalho e também no começo da noite quando volto para casa. As vezes pensava em retrata-lá, ficava admirando suas linhas nos poucos segundo de passagem até que outro dia resolvi parar para fazer uma fotografia. O resultado não foi tão legal, pois percebi que o meio não era o ideal para registrar a minha visão e transmitir meus sentimentos sobre ela.

Como sempre digo, o retrato não é somente assunto da fotografia, você pode retratar um objeto ou pessoa até mesmo com lápis e um guardanapo. Para se conseguir um bom retrato é necessário capturar a essência do que será retratado, e isso não dá para ser feito com pressa, o processo é lento e faz você aprender a observar.

Gosto de contemplar, mas confesso que não tenho a mesma paciência dos mestres orientas em sua arte Zen, acho que meu modo é pouco regrado e não tão metódico, com freqüência faço opção ao empirismo, que poderia ser muito bom, mas gera vícios de linguagem. A arte Zen inspira a perfeita contemplação, que é conseguida através da meditação. O artista pode ficar até meses meditando, até decidir executar a obra com poucas pinceladas e em poucos minutos. A arte ocidental fica meses executando e poucos minutos estudando.

Penso agora que em todos estes meses estive em contemplação, o que me faz entender a essência entes de pegar o sketchbook, quando saí a campo.A igreja fica bem perto de casa, lá as vezes assinto a missa do domingo com a minha família.

No sábado passado convidei a minha filha para fazer alguns sketches da fachada. Ficamos sentados na Avenida São Luis por aproximadamente 20 minutos, que foi tempo suficiente para o registro a lápis no Molesquine, e a Amanda no caderno dela.

As linhas gerais da arquitetura são simples e inspiram reflexão. Com o ângulo agudo do telhado, lembrando as construções da colonização alemã aqui no Brasil e também as construções sacras do estilo gótico das igrejas Luteranas de Santa Catarina. Já a igreja de Nossa Senhora do Rosário é Católica Romana.

Com o desenho feito e todas as referencias de luz e sombra registradas, fui para o estúdio, onde fiz a colorização com aquarela. Aqui descrevo um passo-a-passo deste trabalho.

Desenhar ao ar livre é excelente exercício para o treinamento da observação. Não é necessário material especial, apenas um caderno e um lápis. Também não é necessário encontrar pontos turísticos. A rua onde moramos, o café que freqüentamos ou a igreja que oramos é o melhor lugar para o estudo, pois conhecemos o essencial e temos uma precisa idéia daquilo que gostaríamos de transmitir. Você mesmo pode praticar, basta tentar. Caderno e lápis e mãos a obra.

Church of Our Lady of Rosary
I think is very amazing the church of Our Lady of Rosary, in Guarulhos. For a few months I have been passing front that every morning when I go to work and either when a I come back to home. It´s nearby my home and sometimes I frequent the mass on Sunday with my family. In the the past Saturday morning I invite my daughter to make some sketches of that, we sat on the opposite side of the Avenue St. Louis, nearly 20 minutes, sufficiently to drew, me on Molesquin and the Amanda in her notebook. This is my point of view of that amazing church.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Saímos na edição do domingo passado do Diário de Guarulhos

Na edição deste domingo do Diário de Guarulhos foi publicada uma matéria de uma página sobre a nossa participação no Sketchcrawl e também de alguns desenhos que tenho feito desta cidade que nasci e resido. Embora Guarulhos não tenha sido por anos o meu foco de trabalho, esta oportunidade me fez lembrar da cidade e o quão importante poderia ser a minha participação no cenário artístico dela.

Fiquei muito contente pela valorização da impressa local, o que também é muito bom para a cidade. Mas me preocupo em saber que a atual administração pública tem se mostrado apática no trato com as produções artística pela e para a cidade.

Conversando com alguns artistas amigos e atuantes na cidade, eles têm me contato que após o crescimento por volta do ano 2000/2002 com a inauguração do centro de exposições do Lago dos Patos, do Teatro Nelson Rodrigues e também do Adamastor, o atual secretariado de cultura vem esquecendo a atual produção dos artistas. O Centro de exposições do Lago dos Patos na Vila Galvão mostra marcas do tempo, por falta de manutenção. Também achei cômico uma repartição pública, a defesa civil, funcionar no mesmo espaço de uma galeria de arte. É muito triste ver a cidade que é um dos principais pólos industriais da grande São Paulo não investir em cultura e ainda consumir os poucos recursos restantes.

Creio que a arte em Guarulhos deva ser incentivada e também melhor praticada. Os artistas devem ser responsáveis por trabalhos de qualidade, e que sejam importantes para a população da cidade. O caminho não é somente cobrar a municipalidade, o artista deve ser ativo e se preciso buscar o apóio da iniciativa privada, realizando projetos, mostras e até mesmo workshops para o amadurecimento de jovens talentos.

Mas, uma boa notícia, o pessoal do Sketchcrawl marcou a data da próxima maratona de desenho, a edição de número 25 e a segunda em que a cidade deve participar. Será realizado no dia 21 de novembro e o ponto de encontro para o pessoal de Guarulhos ainda será definido. Vou divulga-lo em alguns dias aqui neste blog.

Daily of Guarulhos published our sketchs
The Daily of Guarulhos published in the past Sunday a page about Sketchcrawl, my participation and one of mines sketches. They also said about the participation of my daughter in that event and we representing our city. I made a electronic version and I published that in the Google Images.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

24# Sketchcrawl em Guarulhos - Brasil

#24 sketchcrawl
Lago dos Patos - Lake of the Ducks - Guarulhos - Brazil
#24 sketchcrawl
Lago dos Patos - Lake of the Ducks - Guarulhos - Brazil
Trabalho Amanda
Lago dos Patos - Lake of the Ducks - Guarulhos - Brazil
Amanda's Job - She have 6 years



Aqui em Guarulhos fizemos uma contribuição singela de um grupo de duas pessoas, eu e a minha filha de seis anos. A nossa idéia original era encontrar algumas outras pessoas no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, mas ocorreram desistências pelas previsões da meteorologia. Pensando na noite anterior ao evento decidi ficar por Guarulhos, voltando os olhos para a cidade em que moro. Pela manhã o tempo não cooperou, fomos até a Igreja Matriz na Praça Tereza Cristina, e estava garoando, voltamos para casa, mas aquela vontade de fazer algo ainda estava latente. Então em um impulso, peguei o meu material e fui com a Minha filha ao Lago dos Patos, que é um ponto interessante da cidade e que fica bem próximo de onde moro.

O resultado do #24 sketchcrawl realizado aqui em Guarulhos está aqui. :-)

Quando for anunciado no fórum principal do evento o encontro 25#, pretendo organizar um pouco mais formalmente o encontro aqui em Guarulhos e região, postando a convocatória no meu site e talvez avisar a impressa local, para todos os artistas, desenhistas, ilustradores e simpatizantes da cidade. Aguardem o 25# sketchcral - a maratona de desenho!!!


Links para os trabalhos em outras cidades


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Poética abstrata

Hoje estava conversando com um amigo e por um comentário dele pude refletir sobre um assunto deveras interessante. Ele asseverou que não conseguiu entender as ultimas mensagens que eu havia postado no Twitter.


Tempo escrito esporadicamente textos que não podem ser compreendidos, se o leitor não estiver imerso em dado contexto ou não conhecer dada cultura.Alguns outros fazem pouco sentido se lido isoladamente.

Uma mensagem que havia postado dizia o seguinte: “Estamos no ano 50ac. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos. Toda? Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor”. E o que tudo isso queria dizer? Quem é aficionado por historia em quadrinho sabe que esta citação está impressa nas primeiras páginas das revistas do Asterix. Ler isso em alguns provoca risos, em outros arrepios e em mais alguns outros, tédio. Para mim, o objetivo deste post não foi a compreensão, sim a reação. Sabendo disso o post passa a ter sentido. Ainda trazendo o texto para o cotidiano, ela poderia estar sofrendo pressão e de maneira irônica escrever, mas para não ser compreendida, e ainda assim atendendo ao impulso de se comunicar. Mas esta não foi a minha intenção. O que poderia provocar ainda esta outra citação “Esses Romanos são uns neuróticos”, ou então outra “ô Cride, fala para a mãe...”?

Traçando um paralelo com as artes visuais abstratas, acredito que realmente possa existir a poética abstrata. Resumidamente lembrando que as abstrações não podem ser compreendidas pela lógica cartesiana e assim ela não é feita para ser compreendida, apenas sentida. Mas não é qualquer um que conseguem consumi-las, apenas alguns poucos que estejam familiarizados com a linguagem e sintonizados com a obra e o universo de criação do artista. Igualmente a pintura abstrata, a poética abstrata deve ser sentida, o contato com cada palavra pode transportar o leitor a um universo de significados e significantes próprios. Assim lendo um clássico trecho de Asterix me torna feliz, pois uma citação é como um índice que pode trazer os velhos sentidos e vividos.

Muitos artistas utilizam-se desta artimanha, e podemos ver em filmes e também na música. Os Titãs, utilizaram o “ô Cride fala para a mãe” na música “Televisão”. Esta é uma clássica referencia ao comediante Ronald Golias. “Esse bordão remete a cidade natal de Golias, São Carlos, pois o original era "ô Cride fala pra mãe que eu vou lá no Grêmio", (Grêmio Recreativo e Cultural Flôr de Maio), que é um clube social da comunidade negra da cidade.” (Wikipédia)

Uma só citação pode puxar muita coisa, e continuarei escrevendo poesias abstratas para quem estiver disposto a ler. Então talvez tenha que escrever para o mundo inteiro entender? Estou convicto que não, pois a comunicação possui limites claros. Alguns de meus seguidores compreenderam e se divertiram, para outros foi indiferente e outros ainda, se entediaram. Creio então que obtive sucesso, pois o objetivo era provocar emoções.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O garoto - The Kid

Um trabalho que fiz em Jaraguá do Sul, quando visitava um primo. Anteriormente havia feito um estudo deste tema, crianças pobres, no meu Moleskine, incluindo um texto.
Aquarela em papel Canson A4.

The kid
This piece I make at Jaraguá do Sul, when I went to my cousin’s house. In another occasion, I got one study about this subject, poor children, at my Moleskine, including a text.
Watercolor on Canson paper A4

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nu em azul e corpo de mulher

Um papel nem tanto adequado, algumas tintas não adequadas. Tenho algumas velhas aquarelas da Pentel, duras em seus tubos, que as guardo em uma caixa. Tentei criar este busto nu com efeitos azulados, com a técnica do papel seco. O resultado me agradou. Em outra folha umedecida, fiz um estudo da mesma figura, o resultado foi mais expansivo, nem tanto figurativo, mas beirando uma abstração.
Aqui um outro estudo de um retrato feminino. Acho que as pinceladas foram bem executadas, mas o resultado não muito bom, pois percebo que o retrato deveria ser um pouco mais feminino. Achei um pouco complicado conferir feminilidade a uma mulher de cabelo curto em um desenho, mas quando se consegue o resultado é ousado e fenomenal.
Body in blue
It’s a non appropriated paper and ink none appropriated too. I have some olds watercolor of Pentel brand, dried in their tubes and I keep them in a box. I tried to make this nude with blue effects, using the dry paper’s techniques. The result is amazing for me. In another wet paper, I make a study  of the same picture, the result was more soft, not so figurative, but almost an abstraction.
Here is another study of a female portrait. I think the strokes were well executed but the result is not so good. For me, the picture should be a bit more feminine. I think is so difficult to give a feminine for a woman portrait with short hair in one drawing, but when it gets the result is lovely!

domingo, 6 de setembro de 2009

Nu feminino com aquarela

Ontem já era bem tarde da noite e estava assistindo televisão quando bateu aquela vontade de produzir algo. Precisaria acordar cedo hoje, mas mesmo assim desci até o meu estúdio e preparei algum material. O plano foi simples, primeiro começaria com uma arte sacra, sem muito compromisso com alta qualidade, pinceladas soltas e traços não precisos, talvez me aproximando da arte contemporânea. Depois faria um nu feminino, talvez uma aquarela, explorando altas luzes, como um trabalho que havia visto pela manhã de um correspondente do UrbanSketchers.
A obra sacra foi um desastre, não consegui achar em poucos traços um equilíbrio, exagerei demasiadamente no esboço com lápis azul e quando tentei cobrir com nanquim o resultado foi um terror. O anjo decaído ficou pesado e com pouco contrate. Agora, já a aquarela que fiz quando desisti do anjo me motivou. Acho que enfim estou começando a fazer alguma coisa que poderia chamar de aquarela.
Usar tintas destinadas ao trabalho de aquarelas, não classifica uma obra como uma real aquarela. Pude ver diversos trabalhos com espessas camadas de tinta que seriam simplesmente denominadas pinturas. Elas poderiam ser feitas com qualquer outro material, como o guache ou o acrílico.  Uma aquarela precisa necessariamente utilizar o branco do papel para as altas luzes, ser fluida e com camadas sobrepostas. Banco é só o fundo do papel. Acho que enfim consegui produzir a minha primeira aquarela. Achei graciosa a figura desta menina com o busto nu, tentei dar um olhar misterioso, nem tão triste, nem tão alegre e meio tímido.
Algo que também aprendi observando outras aquarelas, se for criado um fundo neutro escuro do lado dos brilhos, destacará ainda mais as luzes e tons. Foi o que busquei neste trabalho.
A aquarela é uma técnica que há algum tempo estudo, percebo que cada dia me aproximo um pouco mais do resultado pretendido, mesmo assim, ainda muito o que  aprender. Com o progresso, vou tentar outros papéis e pigmentos. Talvez ainda hoje eu faça alguma outra, e reconheço que é sempre tarde da noite que o artista se motiva a produzir.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Inspiração e sensibilidade na arte abstrata

No ultimo sábado, dia 22/08 tive o imenso prazer de almoçar com o Alexandre Villas Boas, que é um amigo de longa data, blogueiro e artista plástico ativo no cenário de Guarulhos e São Paulo. O encontro aconteceu por acaso na fila de um Self-Service que eu e a minha esposa costumamos comer, onde a comida é saborosíssima. Além do tradicional assunto educação, pois o Alê, a Carla e a minha esposa são educadores, todos presentes, discutimos algumas questões da arte contemporânea.

Há mais ou menos cinco anos o Alexandre me presenteou com este trabalho, chamado Entorno (2002), que gosto muito e que para ele possui um significado muito grande, sempre comenta. Por linhas gerais é um abstrato mas com pontos de significação intrínsecos em formas fortes e curiosas em primeiro plano, não toleráveis ao pensamento tradicional cartesiano, mas abertos por outros paradigmas. Hoje parei para refletir sobre abstrações e alguns sentidos.
Talvez a abstração possa ser uma abertura para idéias não tangíveis, ou pontos compreendíveis por linhas de sensibilidade. Alguns psicólogos talvez apelariam à subconsciência, mas particularmente acredito que esta resposta é demasiadamente simplista para esta discussão tão ampla. Fato seria que abstrações não deveriam possuir significações, mas como tornar isso verdade quando o artista se encontra em dado momento de sua vida e circunstância o impulsionam à criação? A sensibilidade aguaçada do artista torna-o capaz de captar outras fontes inspiratórias, que ele traduz em curvas e tons.
Ainda recordo o comentário da minha mãe sobre esta pintura sobre madeira. Ela é partidária da arte decorativa e muito relutante às abstrações como artefatos de arte. Ela não gosta nada do trabalho e o preferiria com pouco destaque. Ele ficou muito tempo exposto em destaque na minha sala e nesta ocasião onde foi mencionado o comentário, o Alexandre comentou que o coração da minha mãe é sincero.

Ainda fico e defendo a sensibilidade, que é a parte primeira e essencial à inspiração. A sensibilidade é a capacidade de sentir, como um sensor, que quando ligado fica receptivo a determinado estímulo. Seria mesmo assim, então, a arte realmente percebida somente pelos iniciados? Acredito que não exclusivamente, mas algumas são mais fáceis que outras.

Detalhe do trabalho

sábado, 29 de agosto de 2009

Adamastor - Sketch

adamastor


I think is funny the reaction of people when they see us drawing in the street. Drawing is an activity usually do by kids, but an adult drawing at street could be more rarer as ET of Varginha. I was siting in front the Adamastor build, in this place there is an car parking.
Some people went looking me, other do not bother to look, because I think they believes in drawing is wasting time on futile things. I do not believes it. But I can remember the beautiful smile to me of a girl when she passed. She is not pretty, but I think she is graceful. Perhaps, she likes art.
More knowledge as Adamastor (Centro Municipal de Educação), that is a place of education and culture of the municipality of Guarulhos city
Watercolor on Canson A4 paper

O Bidu teve um importante papel na minha iniciação



É muito legal relembrar pontos significativos do passado, ainda mais aqueles que nos impulsionaram para um caminho significativo, e no meu caso, perdura até hoje.
Eu devia ter entre seis ou sete anos, estava na casa de um tio (ou seria em um mercado? A memória não é tão boa assim) sendo cuidado por um primo bem mais velho e a namorada dele, até que ela, a Marilene que gostava de me deixar envergonhado, comenta que o Élcio sabia desenhar um Bidu e se eu quisesse era para pedir à ele. E eu pedi, e rapidamente ele com poucas linhas desenhou a cabeça do cachorro do Franjinha que são personagens da turma da Mônica do Maurício de Souza.

Gostei tanto daquele desenho que fiquei um bom tempo tentando fazer igual, mas sem muito sucesso. Daí em diante tenho praticado e me dedicado às artes. Acho que este foi o gatilho de iniciou a ignição, mas, como todo bom moleque descuidado não me lembro para onde foi parar aquele desenho.

Nas férias deste ano que passei na casa do meu primo, recordei esta passagem e pedi para ele fazer novamente o desenho. O Élcio ficou todo eufórico em conhecer o importante papel e recebi ontem por e-mail o novo desenho, com o compromisso de retornar quando possível para Santa Catarina. Mas por ironia do destino, nestas férias em papeis invertidos, estava em Jaraguá do Sul – SC- incentivando o meu primo a fazer sketches urbanas. A maior terapia, comenta ele.

Hoje ele não é mais casado com a Marilene e sim com a Bebete, que é uma excelente pessoa e por talvez nem tanta coincidência, se é que elas existem, ela é prima da minha esposa. Me deixou também curioso a evolução da tecnologia. Há alguns anos ganhava o desenho em uma folha qualquer, parafraseando Toquinho, e ontem recebo outro desenho, mas anexo a um e-mail.

(...)
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

(...)

Aquarela
(Toquinho/Vinicius de Moraes/G.Morra/M.Fabrizio)

Fazendo uma caneta de bambu



Há alguns anos havia feito a minha primeira caneta de bambu, mais por empolgação que por funcionalidade, pois havia visto a canetade outro amigo artista e lembrei que há muito este foi o método mais sofisticado de escrita. Há pouco mais de um mês, fazendo alguns trabalhos com uma caneta tinteiro (tinta da china) e me frustar pela tinta que acabou muito rápido, decidi buscar recursos mais baratos. Voltei ao velho bambu e fiquei encantado, perdendo o preconceito quando vi outro artista no SESCTV usando este estiloso material.
Há alguns dias construí uma nova caneta melhorada, e o passo a passo disponibilizo aqui para quem quiser fazer a sua própria caneta.
Como montei a minha caneta bambu para desenho
Consegui com um garoto uma vara fina de bambu verde, com entre 1 e 1,5 centímetros de diâmetro. Deixei-o secar por dois meses. Acredito que o tempo se secagem não seja necessário, podendo a caneta ser feita com ele ainda verde.
Cortei a vara com aproximadamente 25cm de comprimento
Com uma faca apontei a extremidade de maior diâmetro deixando-a parecida com uma pena de aço, das canetas bico-de-pena.
Fiz um furo com uma furadeira no centro da pena e abri o canal com um estilete. O furo é importante para impedir que a fenda do bico se estenda por todo o corpo da caneta.
Com estes passos simples, vamos aos testes. Utilizando um bom nanquim
Cada caneta produzida, tem a sua característica de traço, como peça artesanal, cada uma será única.
Diferente das penas de aço, procurei deixar a ponta mais rustica, criando um traço espeço que é uma característica marcante e que aprecio em desenhos.
Quando molhei a caneta virgem na tinta, percebi que a primeira carga chupou muita tinta, preenchendo o corpo da ponta. O resultado obtido foi diferente, utilizando nanquim e tinta para caneta tinteiro que é mais fluído que a primeira. Para limpeza, não se preocupe em retirar por completo a marca da tinta, pois ela nunca sairá, passe de leve um pano ou um papel toalha removendo o excesso.
Como na escultura, a caneta já estava dentro do bambu, o artesão somente a descobriu ali dentro.
Acho o bambu rustico estiloso, porem é possível trabalhar o corpo da caneta com entalhes, tinta ou marcas de metal quente, ao gosto e criatividade do artista. A minha irá ficar assim. Curtí.
Mais dicas, você poderá me acompanhar no Twitter ~ @marceloj ~ http://www.twitter.com/marceloj

Teste de estabilidade de pigmentos


Há algum tempo tenho duvidado da qualidade de alguns materiais que utilizamos, em específico na questão da estabilidade do pimento, que é utilizado na fabricação das tintas. Nas lojas brasileiras temos materiais importados que são bem caros e certificados, algum material de fabricação nacional de boa qualidade e várias marcas baratas conseqüentemente duvidosas.

O pigmento não estável é aquele que desbota em contato prolongado com a luz, ficando com aparência de tinta lavada. Todo tipo de pigmento tem certa tolerância a luz. Alguns resistem por mais de quinhentos anos e outros com somente um ano já começam a perder a tonalidade original. Como poderia saber antes de empregar uma determinada tinta ao trabalho? A maioria das tintas importadas informam em uma tabela referência a resistência a luz (que não deve ser compreendida como transparência que é uma outra questão) e algumas mascas de nacionais também informam a resistência. Para o restante, a dúvida será muito produtiva.

Utilizar materia de baixa qualidade quando se está estudando pode ser justo para viabilizar o aprendizado, mas é necessário saber quando deveremos migrar para um material mais qualificado, a menos que queiramos ver a nossa obra ir se deteriorar com o passar dos anos. A durabilidade de um trabalho não é uma questão primordial , contudo, quanto mais tempo ela resistir ao tempo, melhor. Seguindo a dica de alguns amigos, montei uma tabela teste com algumas amostas que tenho certeza que irão desbotar e outras que cruzo os dedos para permanecerem como estão.

Conforme a imagem abaixo montei amostras com a mesma quantidade de tinta e água, com pinceladas espelhadas em uma folha de papel Canson Acid Free. Recortei a tabela em duas partes, a primeira deixei pendurada na parede do meu estúdio em um local bem iluminado mas não recebendo diretamente a luz do sol. A outra metade guardei na mesma pasta onde estou deixando os trabalhos deste ano, sem entrar em contato com qualquer tipo de luz.



Este teste será longo, pretendo deixar a metade exposta à luz por mais de um ano, e a cada mês comparando o estado de cada parte. Acredito que depois de um ano já da para ter uma boa idéia da qualidade de cada material e saber se foi bom negócio utilizar cada um deles.

A lista do material que estou testando é a seguinte:

Tinta da China Marrom Acrilex
Tinta da China Vede Acrilex
Nanquim trident
Aquarela Van Gogh (Talens)
Nanquim oriental em Barra
Tinta para Canetas Parker
Aquarela Rembrandt (Talens)
Tinta Acrílica Galeria (Winsor&Newton)
Aquarela escolar Pentel