quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bar da Avenida Dumont Villares


Dumont Vilares Avenue's Bar, upload feito originalmente por MarceloJose.

Aqui um dos vários bares na Avenida Dumont Villares, em São Paulo decorado com as cores da Bandeira Brasileira. Aqui muitas pessoas se reunem para assistir aos jogos da Copa do Mundo de futebol.

domingo, 16 de maio de 2010

Estação da Luz passo a passo

A criação de um trabalho artistico ocorre em quatro fases distintas que envole o artista e o deixa preso em seu estudio por horas sem perceber nem cansar. Quem de nós nunca varou uma madrugada buscando uma forma ou finalizando um belo trabalho?
O estudo é fundamental para a boa execussão de qualquer trabalho. Um engenheiro civil faz uma planta antes de iniciar uma casa, o orador faz um estudo preliminar antes de ir ao palanque e o ator ensaia a peça antes de abrir as cortinas. Todos estes aprenderam que o improviso raramente cria a obra prima, mas em algumas situações específicas o improviso quebra uma situação que seria óbvia.
Listando as fases da criação de uma obra de arte, temos as seguintes etapas:

·        Apaixonando pelo tema
·        Estudos no local e em estúdio
·        Desenvolvimento do trabalho
·        Finalização

Estar apaixonado por um tema é fundamental para o bom resultado. Não é produtivo fazer sem gostar e se você trabalhar em algo que não gosta é provael que não conseguirá aproveitar ao máximo a sua técnica. A paixão cria um estado mental no artista que impulsiona a criação, as idéias fluêm e a técnica se torna intuitiva.

Para os meus estudos eu utilizo um sketchbook, que é prático, portatil e cabe em qualquer lugar. Desenho no local, observando a cena sem intervir, registro tudo o que vejo. Depois levo estes estudos para o estúdio. Ai inicia a fase mais solitária, feitas nas madrugadas com uma boa chicará de chá ou café.

No estudio, durante o desenvolvimento seguimos um ritual de etapas, cada uma sucessiva a outra, listadas abaixo em seis passos. São eles:

·        Imprimatura da tela, aplicando uma camada preparatória de primer acrilico ou um tom base aguado.
·        Aplique o cor base do tema. Isso é muito importante para a semelhança de tons.
·        Risco dos traços básicos para referência, para você não se perder na pintura. Pode ser feito com uma cor semelhante ao fundo ou carvão vegetal.
·        Primeiras camadas. Em acrilico geralmente são mais aguadas. Aqui também são delineadas e pintadas as sombras.
·        Camadas intermediarias. Pode ser uma sobreposição de camadas aguadas ou então criando uma camada cada vez mais espessa.
·        Camadas de finalização, aqui aplicamos todos os brilhos e aqueles detalhes que fazem a obra saltar a vista.

Estes são o meu passo a passo para a pintura deste quadro, da estação da luz. Feito em um painel de cinqüenta centímetros.




quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tons de terra



Este é um esboço é sobre o trabalho do artista Carybé, um painel de concreto aparente, gravados em baixo-relevo, com tamanho aproximado de 4x15metros, pertencente ao acervo do Memorial da América Latina e exposto no Salão de Atos, ao lado de uma imensa pintura de Cândido Portinari. 


Tons de terra foi a coloração que me pareceu mais apropriada para retratar estas cenas, indo do amarelo ocre ao marrom. Um monge implora a um bispo, alguns nativos trabalhando e uma índia padecendo. Tudo nestas figuras hoje remete o meu pensamento na população do nordeste do Brasil. É uma cultura cheia de detalhes deslumbrante e que muito aprecio. Sou atraído pela riqueza cultural, costumes, culinária e também pela vasta possibilidade de trabalhos artísticos. Como traçar uma ponte entre a colonização e o nordeste? Para mim é natural, sendo o ponto visual que melhor referência são estas cores terrosas.  Ao se falar do nordeste se fala da seca, do solo rachado, da pouca vegetação, da areia da praia,  e do tom quente da luz do sol dia-após-dia sobre as pequenas cidades.


As cenas que retratei são todas minusculas, frente a grandiosidade da obra original, retratando a chegada dos europeus em terras Latino Americanas. É uma peça barbara e recomendada ser vista no local. Creio voltar lá em breve para registrar um pouco mais.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Monotipia

A monotipia é um interessante processo de impressão de gravuras, que tomei contato por alguns amigos. É de produção simples, e a impressão ao contrario de qualquer de qualquer outra técnica de gravura, será única. Pode ser feito por vários suportes como suporte madeira, linóleo, placas de vidro ou de cobre.


Para uma convocatória em arte postal, na qual será produzido um livro coletivo e cada participante contribuindo com dezoito trabalhos, buscando uma solução gráfica e funcional decidi utilizar esta técnica pela quantidade de trabalhos que deverão ser executados. Individualizar cada trabalho tomaria um tempo imenso, visto da minha preocupação estética, assim sendo a melhor opção é por a produção em série, ainda incentivado pelas características do trabalhos que é em formato de livro.  Cada um dos dezoito será um exemplar distinto e único, como livros de uma única cópia. Nada mais indicado que produzir trabalhos semelhantes. A monotipia vai me garantir velocidade neste produção, mas ainda mantendo a identidade de cada um dos trabalhos.


É estranho falar em obras semelhantes e idênticas. Com a monotipia é possível fazer  trabalhos semelhantes, mas nunca idênticos como nos outros processos de impressão. Contudo, o muito próximo da semelhança é o resultado que pretendo. 


Abaixo trago dois estudos impressos com uma placa de vidro. O primeiro com tinta acrílica e o segundo tinta para caligrafia. Em ambos busquei a figura de uma bailarina. Cada resultado foi diferente e nada parecido com a minha intenção.







Como fazer uma monotipia
Tenha uma placa de vidro no tamanho aproximado de uma folha A5 (meia folha A4). Com tinta acrílica ou caligráfica faça o desenho sobre esta placa placa, acrescentando tinta, ou removendo. 
A tinta seca rápido então trabalhe rápido. 
Após, cuidadosamente coloque a folha de papel sobre o desenho, mantendo as margens. Passe levemente os dedos no verso da folha para transferir a impressão ou utilize as costas de uma colher, fazendo movimentos circulares. Com a tinta acrílica a placa pode ser umedecida, com em um destes trabalhos, causando um efeito interessante. O resultado poderá ser uma surpresa.

domingo, 28 de março de 2010

Estação da Luz - torre do relógio


A Estação da Luz é uma estação de trem inaugurada em 1901, construída com ferro importado da Inglaterra. Nos dias atuais, por lá passam inúmeras pessoas quando elas vão para seus trabalhos e retornam para casa. Da estação parte trens para várias cidades da grande São Paulo e arredores.
Por estes motivos, este é um dos pontos mais importantes da cidade, e tombada pelo patrimônio histórico.
Os trens em São Paulo são um meio de transporte popular, no entanto, mais usado pela população de baixa renda. As pessoas da classe média e alta preferem se locomover com os seus carros.



The Luz Station is one train station inaugurated in 1901 and was made with 
iron imported from the England. Nowadays, pass there a lot of people, when they are going to your jobs  and they return to home. There, arrives and depart trains to a couple of cities around the São Paulo city. 
Because that, it is important city place one, and belonging to historical heritage.

The train in Brazil is one popular transport, but more used for poor 
people. The rich ones prefer moving by cars.  

quarta-feira, 24 de março de 2010

Tempestade Verde


Peça, acrílico sobre papel, enviada para a Itália,
para a amiga Maura Di Giulio


O azeite de oliva é um ingrediente da culinária de várias culturas. O Azeite extra virgem já foi considerado aqui no Brasil da alta gastronomia, mas agora pode ser encontrado em qualquer mercado com um preço bem acessível. O azeite é considerado um ingrediente saudável, ou então, menos nocivo que os óleos comuns, e está na mesa de quase todo Brasileiro. 
Já o petróleo é um combustível fóssil altamente poluente e de aparência negra. Na cidade italiana de Abruzzo há uma discussão entorno da extração de petróleo. Os habitantes desta cidade não desejam que esta atividade seja parte da economia local. Discussões completamente a parte, encaminhei este trabalho para uma exposição que irá ocorrer no dia 18 de Abril, naquela cidade Italiana e que irá corroborar com o tema, “Não há petróleo em Abruzzo”.  Mais detalhes - Convocatória





Detalhes da peça ilustrativa “Meu Brasil Brasileiro”, colado no envelope remetido, e o selo “Lumière Art”.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Imprimatura de papeis

Nós até conhecemos as dificuldades para se trabalhar com a pintura acrílica sobre papel.  Diferente das telas de algodão ou linho, que a superfície de pintura é bem resistente, o papel sempre terá uma tolerância menor ao esfregamento insistente sobre sobre sua face, pelas próprias características de fabricação, ele pode se esfarelar ou rasgar.


O pintor quando atinge uma maturidade da técnica acaba fazendo menos retoques para chegar ao resultado desejado, pois ele é mais preciso. Na aquarela exercito sempre ser mais assertivo na aplicação das cores, para não haver muitos retoques, já no acrílico eu acho interessante buscar a perfeição, dentro de alguns limites da secabilidade da tinta. Tenho percebido a baixa resistência dos papeis não somente naqueles de baixa qualidade, o mesmo me ocorreu com os da francesa Canson. 


Um experimento que estou tentando no tratamento da superfície é aplicar uma fina camada de gesso acrílico diluído com água sobre o papel, esperar a secagem e aplicar uma segunda demão não diluída. Esta técnica é muito semelhante a imprimatura feito nas telas de algodão e linho. 


Alertaria ainda que esta técnica visa aumentar a resistência do papel para os trabalhos mais intensos, mas devemos ter em mente que plasticamente o resultado não será o mesmo que o acrílico sobre um papel virgem.

sábado, 13 de março de 2010

Aquarela enviada para a França

Arte postal é uma interação entre artistas que conheci há pouco tempo. Basicamente consiste na troca de trabalhos artísticos em papel por meio de correspondências, aqui no Brasil utilizando o Correios e  pelo mundo empresas semelhantes. A arte postal aqui no Brasil não é muito expressiva, daí um ponto que me interessou é o contato com artistas em outros países. Aprende-se muito com outras culturas.


Esta semana encaminhei este trabalho para uma convocatória do grupo  “Les Timbrés de L'Art Postal”  chamada "Les machines volantes", para Pézenas na França.

A aquarela enviada é uma vista do Aeroporto de Congonhas em uma tarde tempestuosa. Acho fascinante a linha do horizonte marcada por um amarelo ocre meio rosa, que é parte do céu vista ao fundo, tendo a frente nuvens de trovoadas escuras, os cumulus nimbus. Esta solução plastica vai de encontro ao assunto que tenho trabalhado, o "Chuva e o Tempo", e que deverá fazer parte virtualmente desta galeria.

Aproveitando a oportunidade também criei o selo selo da minha galeria, a “LumièreArt”, que será utilizado em todas as  convocatórias e demais trabalhos que pretendo participar.

Pelo texto da convocatória este trabalho será exposto na 12a exposição do grupo, a qual infelizmente não poderei participar, por questões geográficas. Mas a idéia de visitar a França sempre me fascinou.






quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Sketchbook


Um sketchbook é uma das mais poderosas ferramentas daqueles que são estudantes das artes. Não deixa de ser um caderno sem pauta, e não necessariamente precisa ser de uma marca famosa como os Molesquines, mas que necessariamente tenha boa qualidade. No sketchbook o artista deixa impresso a sua evolução e todos os passos que percorreu até chegar ao ponto atual, que também não será o ultimo nível. O nosso estilo está em constante mutação e em todos os dias se aprende alguma coisa.

É interessante que no sketchbook sejam registrados desenhos rápidos de observação ou registros de uma idéia em mente, esta ultima como menos freqüência, se o seu objetivo for temas reais. Se você tem algo que gostaria de retratar, procure algo a sua volta que se assemelhe, ou então se o cenário seja algum lugar conhecido e próximo, vá até lá e registre tudo o que for interessante. No sketchbook temos registrados todas as referencias necessárias para a produção de uma obra acabada e isso o sketchbook atesta.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pinacoteca o Estado de São Paulo


Não faz muito tempo que a arte deixou de ser exclusividade dos museus, das igrejas e também das ricas galerias de arte. A arte sempre foi cara e poucos tinham o privilégio de pagar por ela. Eram geralmente instituições e pouquíssimos colecionadores particulares que despendiam fortunas para ter em suas coleções algumas poucas peças. O mais comum era investir em artistas iniciantes que talvez pudessem se tornar artistas de renome.
Hoje em dia muitos artistas contemporâneos se empolgam em dizer que a arte está nas ruas, não mais nos grandes centros, ela também está nos bairros afastados, com o movimento dos grafiteiros, das intervenções urbanas, da música hip-hop, do teatro de rua e de tantas outras formas. Existe arte para qualquer bolso e com freqüência vemos nos calçadões dos centros de comércio pessoas tocando instrumentos como sanfona, gaitas e flautas, muitos nordestinos com suas canções e repentismos e outros bolivianos com as suas tradicionais flautas de madeira. Alguns outros se pintam de branco ou prateado, emplumam asas também pintadas e ficam por horas imóveis, e todos com a intenção de algumas moedas. O que é arte pode perfeitamente não ser,  não existe uma regra simples e prática para dizer que aquela intervenção o é ou que ela não é.


Contudo, o que hoje se esquece é que a arte ainda continua nos museus e nas igrejas. Nunca estiveram foram delas, mas existe a pouca valorização destas instituições e do clássico. Os museus estão abertos e poucos os freqüentam, as igrejas possuem acervos riquíssimos, tanto em valor como em conteúdo e poucos sabem que para isso elas também existem. Sempre se acreditou que através da arte seja uma maneira de se aproximar do Criador.

No ultimo feriado, aniversário da cidade de São Paulo, fui com um colega fotografar a estação e o parque da Luz e também aproveitamos para visitar a Pinacoteca do Estado de São Paulo. O acervo da Pinacoteca é riquíssimo e freqüentemente conta com exposições das mais variadas, já tendo passado impressionistas, modernistas, contemporâneos e tantos outros. Geralmente não se podem fotografar os trabalhos, pois possuem direito de imagem e tantas outras futilidades legais. Mas entrando com um sketchbook você pode fazer anotações e esboço de tudo que encontrar. Para desenhar não existem restrições, pois não se considera que o desenho seja uma reprodução da obra sim um segundo trabalho baseado no primeiro, uma releitura. Assim eu também acredito.

Nos museus da Europa muitos artistas vão para estudas as obras, de caderno e lápis na mão, capturando o essencial do que pode ser proveitoso para o seu aprimoramento. 

Para aqueles que querem aprender a desenhar e todos os artistas que gostariam de incrementar a sua base artística é recomendado freqüentar estas casas que promovem as obras clássicas como a pinacoteca e outras tantas galerias, mesmo que o seu estilo não seja este, que seja completamente contemporâneo.
Na arte dos museus encontramos material riquíssimo tanto em estilo, técnicas e soluções artísticas. Basta ir treinando e perder o medo do sketchbook que é um livro de rascunhos, não de peças acabadas.