terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Catador de Recicláveis

catador_reciclaveis

A cidade de São Paulo possui aspectos belos em suas linhas arquitetônicas, dos prédios do estilo do começo do século vinte e também dá harmonia das linhas retas e limpas do estilo moderno. Nos bairros de Moema e alguns outros bairros nobres da zona norte, a arquitetura é acompanhada por ruas arborizadas e perfeitamente limpas. Mas o belo é acompanhado por um lado triste, porem digno nesta grande cidade que é São Paulo.

Em certas ocasiões, andando pela cidade percebo trabalhadores puxando uma grande e pesada carroça com rodas de automóveis e feitas com ferros. São os catadores de recicláveis que outrora eram simplesmente chamados de "Catadores de Papelão". Eles percorrem as ruas e recolhem qualquer material jogado que possa ser reciclável. Depois levam este material a um depósito e recebem algum dinheiro.

O quilo de cada material tem um preço. O papelão é barato e para juntar um quilo é preciso muitas caixas. O alumínio é valioso e se conseguir vender muitas latinhas de refrigerante dá um bom dinheiro. Eles também recolhem plásticos, vidros e outras quinquilharias que para ninguém mais serve. Isso garante algum dinheiro. Alguns trabalham em ruas movimentadas, outros moram na periferia, como nos bairros parque dos Pinheiros, jardim Fontális e tantos outros.

O catador é geralmente uma pessoa solitária. Alguns não possuem um lar para se abrigar nas noites de chuva e de frio, e isso os obriga a procurar albergues para passar a noite, ainda assim, quando encontram vaga. Estão sempre em companhia de um cachorro vira-lata, que anda lado a lado com a carroça e somente pede um pouco de água e de comida. É o fiel companheiro do catador de recicláveis.

Qual é o futuro destes trabalhadores? Acredito que nem eles o sabem. Mas o trabalho do catador de recicláveis é digno, porém, pouco remunerado. Eles retiram das ruas o lixo que pode ser reciclados, garantem matéria prima barata para as indústrias e poupam os recursos naturais do planeta. Assim também, vão de papelão por papelão, ou de latinha por latinha garantindo o seu limitado sustento e também do seu cachorro.

Um comentário:

Perbone disse...

Linda obra, pintada e escrita, parabéns!