sábado, 29 de agosto de 2009

O Bidu teve um importante papel na minha iniciação



É muito legal relembrar pontos significativos do passado, ainda mais aqueles que nos impulsionaram para um caminho significativo, e no meu caso, perdura até hoje.
Eu devia ter entre seis ou sete anos, estava na casa de um tio (ou seria em um mercado? A memória não é tão boa assim) sendo cuidado por um primo bem mais velho e a namorada dele, até que ela, a Marilene que gostava de me deixar envergonhado, comenta que o Élcio sabia desenhar um Bidu e se eu quisesse era para pedir à ele. E eu pedi, e rapidamente ele com poucas linhas desenhou a cabeça do cachorro do Franjinha que são personagens da turma da Mônica do Maurício de Souza.

Gostei tanto daquele desenho que fiquei um bom tempo tentando fazer igual, mas sem muito sucesso. Daí em diante tenho praticado e me dedicado às artes. Acho que este foi o gatilho de iniciou a ignição, mas, como todo bom moleque descuidado não me lembro para onde foi parar aquele desenho.

Nas férias deste ano que passei na casa do meu primo, recordei esta passagem e pedi para ele fazer novamente o desenho. O Élcio ficou todo eufórico em conhecer o importante papel e recebi ontem por e-mail o novo desenho, com o compromisso de retornar quando possível para Santa Catarina. Mas por ironia do destino, nestas férias em papeis invertidos, estava em Jaraguá do Sul – SC- incentivando o meu primo a fazer sketches urbanas. A maior terapia, comenta ele.

Hoje ele não é mais casado com a Marilene e sim com a Bebete, que é uma excelente pessoa e por talvez nem tanta coincidência, se é que elas existem, ela é prima da minha esposa. Me deixou também curioso a evolução da tecnologia. Há alguns anos ganhava o desenho em uma folha qualquer, parafraseando Toquinho, e ontem recebo outro desenho, mas anexo a um e-mail.

(...)
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

(...)

Aquarela
(Toquinho/Vinicius de Moraes/G.Morra/M.Fabrizio)

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