sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pinacoteca o Estado de São Paulo


Não faz muito tempo que a arte deixou de ser exclusividade dos museus, das igrejas e também das ricas galerias de arte. A arte sempre foi cara e poucos tinham o privilégio de pagar por ela. Eram geralmente instituições e pouquíssimos colecionadores particulares que despendiam fortunas para ter em suas coleções algumas poucas peças. O mais comum era investir em artistas iniciantes que talvez pudessem se tornar artistas de renome.
Hoje em dia muitos artistas contemporâneos se empolgam em dizer que a arte está nas ruas, não mais nos grandes centros, ela também está nos bairros afastados, com o movimento dos grafiteiros, das intervenções urbanas, da música hip-hop, do teatro de rua e de tantas outras formas. Existe arte para qualquer bolso e com freqüência vemos nos calçadões dos centros de comércio pessoas tocando instrumentos como sanfona, gaitas e flautas, muitos nordestinos com suas canções e repentismos e outros bolivianos com as suas tradicionais flautas de madeira. Alguns outros se pintam de branco ou prateado, emplumam asas também pintadas e ficam por horas imóveis, e todos com a intenção de algumas moedas. O que é arte pode perfeitamente não ser,  não existe uma regra simples e prática para dizer que aquela intervenção o é ou que ela não é.


Contudo, o que hoje se esquece é que a arte ainda continua nos museus e nas igrejas. Nunca estiveram foram delas, mas existe a pouca valorização destas instituições e do clássico. Os museus estão abertos e poucos os freqüentam, as igrejas possuem acervos riquíssimos, tanto em valor como em conteúdo e poucos sabem que para isso elas também existem. Sempre se acreditou que através da arte seja uma maneira de se aproximar do Criador.

No ultimo feriado, aniversário da cidade de São Paulo, fui com um colega fotografar a estação e o parque da Luz e também aproveitamos para visitar a Pinacoteca do Estado de São Paulo. O acervo da Pinacoteca é riquíssimo e freqüentemente conta com exposições das mais variadas, já tendo passado impressionistas, modernistas, contemporâneos e tantos outros. Geralmente não se podem fotografar os trabalhos, pois possuem direito de imagem e tantas outras futilidades legais. Mas entrando com um sketchbook você pode fazer anotações e esboço de tudo que encontrar. Para desenhar não existem restrições, pois não se considera que o desenho seja uma reprodução da obra sim um segundo trabalho baseado no primeiro, uma releitura. Assim eu também acredito.

Nos museus da Europa muitos artistas vão para estudas as obras, de caderno e lápis na mão, capturando o essencial do que pode ser proveitoso para o seu aprimoramento. 

Para aqueles que querem aprender a desenhar e todos os artistas que gostariam de incrementar a sua base artística é recomendado freqüentar estas casas que promovem as obras clássicas como a pinacoteca e outras tantas galerias, mesmo que o seu estilo não seja este, que seja completamente contemporâneo.
Na arte dos museus encontramos material riquíssimo tanto em estilo, técnicas e soluções artísticas. Basta ir treinando e perder o medo do sketchbook que é um livro de rascunhos, não de peças acabadas.

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